Subprefeitura do Itaim Paulista - Propostas de intervenções urbanas
Propostas de Intervenções na subprefeitura de Itaim Paulista
Arthur Aun, João Pedro Melo, Luca Lopes, Melanie Spínola, Rodrigo Guídio
1 - Origem da terra - loteamento do bairro
Contextualização
Início do séc. XX → Ampliação do trabalho das olarias acompanhando o desenvolvimento da cidade → Extração dos materiais de produção do Rio Tietê
O Parque Chácara das Flores é constituído por quatro hectares de terra que abrigam uma das mais antigas olarias do Itaim, construída há mais de 70 anos.
O Itaim é lar de muitos descendentes de outros países e regiões do Brasil, tais como japoneses, húngaros, italianos e nordestinos, os quais hoje são maioria.
Problemáticas
Uma das principais problemáticas que assola o Itaim Paulista é sua localização. Devido à situação do bairro no extremo leste de São Paulo e ao seu isolamento geográfico em relação às regiões mais industrializadas, ele passa a ser um polo de desindustrialização, se consolidando como um dos bairros mais violentos e desiguais da cidade.
A enorme quantidade de moradores nas margens dos córregos, cooperando para a ameaça das enchentes, visto que muitos deles jogam lixo nos córregos, resultando no aumento do volume de água, sem contar com a poluição causada pelos dejetos e pela falta de saneamento básico.
Estes moradores ainda sofrem com as enchentes, por morarem tão perto dos córregos, quando é época de cheia, muitos habitantes perdem suas moradias.
2- População e Ocupação: o processo migratório
A região do Itaim Paulista recebe seus primeiros moradores a partir do século XVIII;
Com a Ferrovia Estrada do Norte, antiga Central do Brasil, no século XIX, houve um grande desenvolvimento do bairro com as casas surgindo ao longo da margem dos trilhos;
Segundo dados do IBGE de 2010, a região é habitada por mais de 358 mil pessoas;
Na região, é possível encontrar descendentes de outros países e regiões do Brasil, mudando-se para cá em busca de melhores condições de vida;
Dentre os imigrantes, estão os portugueses, os italianos, os japoneses e os húngaros.
3- Atividades econômicas e sociais nas últimas décadas. Funções do bairro na atualidade.
Segundo dados do site da Prefeitura de São Paulo, em 2007, concentravam-se na região 237 oficinas de costura;
Em 2007, também, foi montada a Câmara de Animação Econômica em conjunto com a Secretaria Municipal do Trabalho, o Sebrae, a USP Leste e a Fatec Leste, o qual pôs à disposição do público duas linhas de microcrédito:
-São Paulo Confia (Secretaria Municipal do Trabalho);
-Banco do Povo (Governo do Estado).
O bairro se tornou um dos principais da cidade de São Paulo, com uma população superior a muitas cidades de médio porte. O crescimento se deve, em grande parte pelas empresas de ônibus.
As nossas propostas de intervenção urbana para o Itaim Paulista
Combate à dengue
Saneamento básico
Coleta de lixo
A Secretaria de Estado da Saúde, registrou no estado de São Paulo 153,3 mil casos de dengue, com 119 mortes, em 2022. A partir desse dado, é possível concluir que a Dengue é umas das principais epidemias com as quais a população paulista sofre.Tendo em vista assim, a enorme quantidade de enchentes no Itaim Paulista, a propagação do vírus,é muito grande, visto que o vírus Aedes aegypti, transmissor da dengue, se prolifera em ambientes úmidos e quentes.
Tendo em vista esse fato, propomos assim, uma campanha contra esta doença, de maneira em que uma vez a cada dois meses, e em meses de verão uma vez por mês, visto que são meses mais quentes e chuvosos, funcionários da equipe de saúde do Estado, passem de casa em casa, fiscalizando ambientes propícios para a proliferação do mosquito da Dengue, de maneira em que recolham lixo e materiais que são responsáveis pelo risco de saúde destes habitantes. Agindo assim como “fiscais da dengue”.
O principal lugar onde esta ação deve ser realizada é na Rua Serra do Grão Mogol, localizada às margens de um córrego onde a proliferação do mosquito da dengue é um risco para a população como um todo. Esta rua se encontra entre a Estação Itaim Paulista, da linha 12-Safira da CPTM, e o rio Tietê, sendo uma área esquecida pelo Estado, sofrendo com a negligência do governo e a falta de políticas públicas.
Atualmente, existe o projeto Cata-Bagulho pelo qual o governo recolhe diariamente materiais a serem descartados, como móveis velhos, camas, colchões, lixo eletrônico, madeira e metais, porém não recolhe lixo residencial e não atua em todas as localidades da cidade. É importante que esse projeto recolha todo tipo de lixo e seja estendido a todas as ruas do Itaim, principalmente as mais afetadas pela dengue, como a citada acima, visto que a coleta de lixo é essencial para a contenção de doenças.
Em relação à questão do saneamento básico, a prefeitura regional do Itaim Paulista, em 2017, esteve presente nas comunidades do Jardim Virgínia, Jd. Nélia e Itajuíbe, presentes no bairro. O principal intuito é inspecionar os serviços de saneamento feitos em alguns pontos do bairro, como os já mencionados anteriormente. No dia 15 de Abril de 2017, o prefeito regional José Denycio conversou com os habitantes da região sobre limpeza pública bem como a implantação de esgoto e abastecimento de água encanada, esta que vem sendo feita em Itajuíbe, conjuntamente com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP).
Combate às enchentes.
A principal causa para os constantes alagamentos e enchentes na Zona Leste é o alto índice pluviométrico do município de São Paulo como um todo. Além disso, muitos moradores do Itaim Paulista já expressaram seu descontentamento para com o governo, que, segundo relatos, tem se mostrado incompetente com relação à solução destas questões.
Temos como problemas exemplificados por moradores da região: Caminhões pipa disponibilizados pela Sabesp e prefeitura chamados para “sugar” a água que demoram em torno de 15 dias para chegar, enchentes resultando em água alcançando um metro de altura, ocasiões ( as quais ocorreram três vezes, em 2009, 2014 e 2019) nas quais as águas das enchentes demoraram meses para sumir. E ainda o fato da condição muito precária dos habitantes, que resulta em muitos dejetos jogados nos córregos, que não somente poluem mas, também, contribuem para a formação de enchentes. Não o bastante, O Itaim Paulista é a região que possui a menor área verde por habitante em São Paulo tendo em vista o fato de que em 2020 não foi plantada nenhuma árvore pela prefeitura na região.
Como solução assim, propomos recuperação da Mata Ciliar, a qual Forma comunidades de plantas, e proporciona o aparecimento de comunidades de animais, serve como obstáculo contra o assoreamento dos rios, diminui o volume de água que entra nos córregos através das chuvas, evita enchentes, impede que organismos e materiais estranhos ou contaminados escoam para dentro dos rios e ainda é parte fundamental de um ecossistema, dentre muitos outros.
Temos como alguns bons exemplos de espécies para serem plantadas a Copaíba, Figueira, Guaiuvira, Aroeira-vermelha, Capixingui.
Outra solução encontrada, foi a construção de um piscinão, o qual é um reservatório de detenção de água que tem como finalidade acumular a água da chuva para que ela não se acumule nos córregos e rios de forma a evitar enchentes.
Como proposta final, temos as Redes de Contenção de Lixo em bueiros e córregos, uma técnica implementada na Austrália em março de 2018 que tem se mostrado eficiente. As redes suportam por volta de 370 kg e não apresentam riscos à vida marinha.
Necessita por volta de 3 vezes por semestre e o lixo reciclável é separado e levado para lugares especiais enquanto o lixo biodegradável é transformado em fertilizantes/adubo. Estas que não vão somente impedir o entupimento dos bueiros, como também vão ajudar na limpeza e na diminuição do nível da água, por consequência auxiliando a lidar com enchentes.
A implantação destes projetos, seriam baseados a partir do fato de que o orçamento da Subprefeitura Itaim Paulista na Zona Leste no ano de 2021 será de 30,3 milhões de reais para realizar seus projetos. Assim foi pensado que para a Mata Ciliar, o valor destinado, teria que ser dividido em duas áreas: a mão de obra e os materiais, sendo a primeira R$133.81/h e o segundo R$375.47/u. Já em relação ao gasto com as redes, temos em média um valor de 60 a 80 mil reais a cada duas redes, o que inclui fabricação, instalação e manutenção. Enquanto o preço médio dos piscinões varia de R$8 a R$10 milhões, custo que é compensado pelos resultados obtidos.
Referências:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/itaim_paulista/historico/
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/comunicacao/noticias/?p=130016
https://diariodotransporte.com.br/2011/06/19/itaim-paulista-da-pedra-pequena-a-grande-regiao/
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